terça-feira, 19 de novembro de 2013

Sindicalistas ocupam Prefeitura por duas horas e forçam reunião


O Palácio Felipe Camarão, sede do Executivo Municipal, passou aproximadamente duas horas ocupado por sindicalistas da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), sobretudo aqueles que atuam na rede municipal, em greve desde o dia 15 do mês passado. Eles querem reajuste salarial de 27,08% que, segundo a categoria, corresponde a dois anos sem aumento; e melhoria nas condições de trabalho. O grupo só desocupou o prédio, quando o prefeito Carlos Eduardo se comprometeu a receber uma comissão de sete pessoas na tarde de hoje, às 16h30. Esta foi a segunda vez que a sede da Prefeitura foi invadida neste ano. Em julho foram os permissionários do transporte alternativo, que ficaram por cerca de 30 horas no local.

Após guarda municipal impedir a entrada de outros sindicalistas no prédio, houve tumulto

Os servidores do Sindsaude querem negociar diretamente com o prefeito Carlos Eduardo e com esse argumento conseguiram entrar na manhã de ontem no Palácio Felipe Camarão. Eles chegaram em vans após uma assembleia na Assen. Cerca de vinte representantes entraram com a intenção de marcar audiência. Quando a Guarda Municipal percebeu a quantidade de sindicalistas dentro do prédio impediu que outras pessoas entrassem e chegou a ter um princípio de tumulto na entrada lateral da Prefeitura. Ao meio-dia, quando o prefeito anunciou que receberia a categoria para reunião na tarde de hoje o grupo desocupou o local e o restante dos manifestantes, cerca de 200 pessoas, também saíram da frente do prédio.

“Viemos para marcar uma reunião com o prefeito e fomos entrando, sem violência. Quando eles [os guardas] viram, vieram dizendo que não podíamos entrar aí começou a truculência”, disse a servidora e diretora do Sindsaúde, Célia Dantas. A coordenadora geral, Simone Dutra foi umas das que ficaram do lado de fora. Houve muito empurra-empurra e violência física. O assessor de imprensa do sindicato, Gustavo Sixxel disse que levou spray de pimenta nos olhos.

Outro atingido foi o técnico de enfermagem André Ferreira, que trabalha no Centro de Saúde do Vale Dourado. “Fui agredido, jogaram pimenta na minha cara, me deram três murros pelas costas e me imprensaram no portão. Vinte anos de carreira nunca passei por isso”.

Após o fim da ocupação, o chefe de gabinete, Adriano Gomes, disse que essa seria a postura em casos de “exagero”. “O prefeito não negocia sob pressão”, definiu. O prefeito Carlos Eduardo não gostou da pressão feita pelos sindicalistas e tentou sair do prédio mais de uma vez enquanto a ocupação durou e só conseguiu sair após o anúncio da reunião de hoje.

O Município alega que não há como aumentar a margem de reajuste de 8% com pagamento a partir de janeiro de 2014, contraproposta apresentada no dia 11 de outubro.

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