sexta-feira, 3 de maio de 2013

Jumentos apreendidos pela prefeitura de Currais Novos morrem de fome e sede



O jumento é um dos animais mais sublimes que existe. Manso, pacato, pensativo e triste. Companheiro inseparável de toda a história do caboclo roceiro. Precunssor do desenvolvimento e do progresso. Cargas e montarias são suas tarefas cotidianas. Nem sempre entendido, nem sempre respeitado. Hoje, com a tecnologia, está órfão. Leva a vida vagando - até nas cidades -, à procura de água e comida. Considerado intruso na vida doméstica e sem valor econômico, procura abrigo nas estradas, causando acidentes. Por isso é assassinado a tiros por motoristas, é jogado em currais da Prefeitura de Currais Novos.
Assim como a flor-de-lótus, o jumento hoje nasce de forma não condizente com seu valor, pois vive abandonado nas estradas, reproduzindo-se, morrendo de fome e sede. Também tem sua história, pois carregou o Menino Jesus na fuga para o Egito e é símbolo de pureza. Porém, ao contrário da flor-de-lótus que emergindo de águas nodosas, ao brotar é venerada, o jumento nasce e cresce - quando cresce -, em locais imundos, sobre dejetos em currais inapropriados ou nas estradas, no mais completo abandono e desprezado permanece até o último dos seus dias.
Fechamos o abatedouro de gado em Currais Novos e abrimos ele para jumentos.
Na foto acima um dos trés jumentos que foram capturados e morreu no antigo abatedouro de Currais Novos.

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