domingo, 3 de maio de 2015

Fusão de PSB e PPS não encontrará resistência em Mossoró


Dirigentes nacionais do PSB e PPS anunciaram na última quinta-feira (29) o início da fusão das duas legendas e informaram que o processo será consolidado, no máximo, em 60 dias.

Em Mossoró, a fusão é bem vista pelos presidentes dos diretórios locais das duas siglas. Os dois partidos atuam em parceria há alguns anos, sempre com o PPS apoiando a candidatura da ex-deputada estadual Larissa Rosado (PSB) a prefeita.

O presidente do PPS, Wellington Barreto, disse que sempre teve uma relação de respeito com o PSB e uma relação muito boa e democrática com Larissa Rosado.

No entanto, ele observou que se o processo de fusão concretizar-se, “será preciso ampliá-la para convivência dos grupos”.

Wellington Barreto informou que vai reunir o diretório no próximo dia 8 para comunicar aos filiados sobre a fusão e ouvir a opinião deles. “Sou favorável porque o momento político exige essa mudança para contrapor tudo que vem acontecendo no Brasil e tendo em vista a reforma política que vai acabar com as coligações e consequentemente com os partidos menores”, argumentou.

O vereador Lairinho Rosado, presidente municipal do PSB, disse que não sabe quais os termos da fusão, mas que acha o PPS um partido “respeitável”. “Como não sei os termos da fusão, não tenho como posicionar contra ou favor”, reconheceu.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, informou que a nova agremiação manterá a sigla PSB, com o número 40, e disputará as prefeituras de todas as capitais e de quase todos os municípios no ano que vem. “Talvez, os grandes partidos não tenham tantos bons nomes para lançar candidatos como nós temos.”

Dentro da executiva nacional do PSB houve um voto contra a fusão. No PPS, todos votaram a favor da medida, de acordo com Siqueira. Segundo ele, a intenção das duas legendas é não tardar com os procedimentos da fusão, por exemplo, a realização de congressos dos partidos para aprovar a medida e solucionar questões burocráticas.

A nova legenda nascerá com 45 deputados federais; oito senadores, contando com a entrada da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy; três governadores; 92 deputados estaduais; 588 prefeitos, sendo quatro de capitais; 5.832 vereadores; e 792 mil filiados.

O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, disse que o fato de não haver nenhuma reforma política implantada e a premência do prazo para a definição de partidos e candidatos às eleições municipais do ano que vem apressaram o início do processo de fusão. “Temos uma história de lutas em comum, pela democracia, pela anistia, para corrigir rumos do Brasil e também uma perspectiva que precisa ser construída para um país que está pedindo um novo rumo”, ressaltou.

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