Os Guardas Municipais de Natal entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira, 5. A paralisação tem início com menos de 48h de trabalho do novo secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes), Paulo César Ferreira. A decisão saiu em assembleia convocada pelo Sindicato dos Guardas Municipais de Natal (Sindguardas), ontem. A categoria reivindica, entre outros pontos, o encaminhamento do Plano de Cargos, Carreiras e Salários à Câmara Municipal para votação, cumprimento do Estatuto da Guarda Municipal e condições de segurança no trabalho, com novos coletes e armamento.
Guardas vão manter um efetivo de 30% trabalhando
O secretário Paulo César afirmou que desde que assumiu a pasta está realizando um levantamento geral para elencar as dificuldades enfrentadas. “Sobre o déficit de materiais, tanto a Prefeitura quanto a Secretaria, estão trabalhando para regularizar os problemas o mais rápido possível”, assegurou. Nas demais pautas, declarou que “o pedido envolve também outras secretarias, mas que a Semdes vai analisar a situação”.
Os guardas cobram soluções efetivas às reivindicações. De acordo com o Sindguardas, diversas reuniões ocorreram nos últimos meses, mas nada foi concluído. Na última quarta-feira (28), foi entregue ao Governo Municipal um ofício com as mudanças pleiteadas pela categoria, e, não houve qualquer tipo de encaminhamento de resposta.
“O Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria está preso na Segelm há quatro meses, o próprio prefeito Carlos Eduardo já se declarou favorável ao projeto e o vereador Júlio Protásio garantiu que aguarda a chegada da pauta à Câmara para incluí-la na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]. Mas isso tem que acontecer logo, a votação da LDO de 2015 vai ser realizada em junho. O texto do projeto já foi feito de forma que acelerasse o processo, através de uma comissão paritária com as secretarias envolvidas. Não há motivo para prolongar essa situação”, declarou Thiago Aires, diretor do Sindguardas.
“Quando um guarda entra com atestado ou pedido de afastamento temporário, atualmente, ele deixa de receber as gratificações. Isso vale também para a aposentadoria, quando paramos de trabalhar perdemos 70% da remuneração. É por esse motivo que tentamos mudar as regras do Plano de Cargos, para garantir esse direito aos guardas”, disse Margareth Vieira, presidente do Sindguardas.
A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria Municipal de Administração e Gestão Estratégica (Segelm) para questionar o andamento do PCCS, mas, até o fechamento da matéria, não obteve resposta.
A Guarda Municipal atualmente possui um efetivo de 497 agentes. A Semdes informou que durante a Copa do Mundo, 26 deles estão escalados para trabalhar na segurança do evento. Nos dias de jogos do Brasil, este número sobe para 60. Caso o Sindguardas permaneça paralisado até o Mundial e obedeça os 30% de serviço, o trabalho não deve ser prejudicado.
Fonte:Tribuna do Norte
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