Vista área do novo Maracanã, que vai receber também a final do Mundial (Foto: Ricardo Moraes/Reuters)
O silêncio do maracanazzo da final vencida pelos uruguaios em 1950 será substituído pelos gritos dos hermanos, que são esperados em peso – neste sábado já invadiram a orla de Copacabana. Já os folclóricos geraldinos — coadjuvantes do espetáculo no setor mais barato da arquibancada, hoje extinto — dão lugar a milhares de brasileiros e estrangeiros que pagaram caro para testar, na prática, a eficácia do investimento de R$ 1,049 bilhão para deixar o estádio no tal "padrão Fifa".
O valor, porém, é controverso. Orçado inicialmente em R$ 705 milhões, saltou para R$ 956,8 milhões e acabou superando a marca de R$ 1 bilhão. O Tribunal de Contas da União (TCU), ainda em 2011, apontou irregularidades na contabilidade. A planilha de contas chegou a ser descrita como quase uma "mera peça de ficção".
Na ocasião, o estádio ainda estava interditado para as intervenções. Foram quase três anos de portas fechadas. Durante este tempo, o estádio Mário Filho resistiu a manifestações populares contra as mudanças estruturais e os gastos, a greves de operários e investigações do Ministério Público sobre a concessão à iniciativa privada. Anos antes, o empreendimento já passara por outras obras, mesmo sem a necessidade de se adequar às ordens da federação máxima do futebol internacional.
Fonte:G1
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