Diante da proposta da TelexFree de dar como caução o montante de 659 milhões de reais para retomar suas operações, a promotora do departamento de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Acre, Alessandra Garcia Marques, que acompanha o caso, disse so site de VEJA que “não há a menor chance de a Justiça do estado aceitar a proposta”.
Em nota no último sábado, a TelexFree divulgou em sua página no Facebook que interpôs recurso pedindo ao Tribunal de Justiça do Estado do Acre a liberação de suas operações no Brasil e o desbloqueio de seus bens, oferecendo em troca uma espécie de caução de aproximadamente 659,63 milhões de reais como garantia de que é uma empresa sólida.
“Se ela quer agir corretamente, provar que tem idoneidade, tem de pegar esse dinheiro que não está apreendido e pagar todas as pessoas que estão apreensivas, pais e mães que estão sem carro e casa”, disse Alessandra Marques, questionando também a origem desse dinheiro. “Precisamos ainda ver de onde vem esse dinheiro e porque não foi bloqueado, se pertence à empresa”, reiterou.
De acordo com o comunicado publicado pela TelexFree, “o mérito do recurso interposto pela ainda não foi analisado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Acre, o que deverá ocorrer nas próximas semanas”.
O advogado da TelexFree no Acre, Alexandre Teixeira Rodrigues, confirmou que a empresa ofereceu o caução no último dia 19 e disse que ainda não houve decisão sobre o assunto. “A empresa segue com os bens e pagamentos bloqueados”, reiterou, sem entrar em detalhes, alegando que o processo corre em segredo de Justiça.
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