domingo, 13 de outubro de 2019

Na Paraíba, 111 beneficiados devem devolver recursos do Bolsa Família


Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Ministério da Cidadania convocou 111 famílias da Paraíba ex-beneficiárias do Programa Bolsa Família a devolverem recursos recebidos indevidamente. O governo federal está emitindo cobranças no valor aproximado de R$ 172 mil aos cofres públicos.

Em todo o Brasil, o valor aproximado é de R$ 5,8 milhões para 5,1 mil ex-beneficiários, o que a pasta classifica como o maior processo de cobrança de ressarcimento de repasses já feito pelo Ministério da Cidadania.

As pessoas foram identificadas a partir de auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) e de cruzamento de dados com o Tribunal de Contas da União (TCU). Isso porque há a suspeita de que essas pessoas tenham prestado informações irregulares intencionalmente ao Cadastro Único para Programas Sociais ou tinham renda superior ao permitido para participar do programas.

Cartas com aviso de recebimento estão sendo enviadas às famílias identificadas já com a Guia de Recolhimento da União (GRU) no valor previsto pelo governo federal. Os beneficiários têm até 30 dias para apresentar uma defesa ao Ministério da Cidadania.

Caso a defesa não seja apresentada, os ex-beneficiários têm o mesmo período para pagar a guia. O não pagamento implica na inclusão do nome no Cadastro Informativo de Créditos não quitados do Setor Público Federal (Cadin) e no sistema de cobrança do Tribunal de Contas da União (e-TCE).

O secretário nacional de Renda de Cidadania, Tiago Falcão, explica que as famílias que quitarem o débito com a União poderão ser selecionadas para retornar ao benefício após um ano, se atenderem às regras para participar do programa e após passar por um processo de averiguação das informações.

A primeira cobrança de recebimentos indevidos foi realizada em 2018 recuperou R$ 1 milhão aos cofres da União. “Isso é importante por dois motivos: primeiro, temos muita gente que precisa desse dinheiro. Embora sendo pouco, ajuda no combate à extrema pobreza. Segundo, por uma questão de justiça esse repasse não pode ser dado a quem usou de maneira indevida essa oportunidade, que seja devolvido”, apontou o secretário.

Fonte:OP9

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