sexta-feira, 8 de março de 2019

DNIT declara situação de emergência na Ponte de Igapó


José Aldenir / Agora RN
Com 606 metros de extensão e 12 metros e meio de largura, a Ponte de Igapó recebe, diariamente, cerca de 80 mil veículos

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) declarou situação de emergência na ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Ponte de Igapó, que cruza o estuário do Rio Potengi e liga os bairros das zonas Oeste e Norte de Natal.

Com 606 metros de extensão e 12 metros e meio de largura, a Ponte de Igapó recebe, diariamente, cerca de 80 mil veículos. Construída em 1970, a última ação de manutenção foi realizada em 1990. Nos últimos anos, com a recorrente falta de reparos, os pilares apresentam grave deterioração.

A situação de emergência foi declarada no dia 1 de março, mas só foi publicada na edição desta sexta-feira, 8, do Diário Oficial da União (DOU). Segundo o órgão federal, o Complexo de Pontes Sobre o Rio Potengi, como foi nomeada a estrutura viária, apresenta comprometimento estrutural de peças, principalmente em 11 pilares do lado direito.

Segundo o documento, as áreas mais críticas são os trechos das vigas longitudinais entre os pilares P3 e P4, entre os pilares P4 e P5 e entre o pilar P16 e no Encontro E2.

Também foram encontrados comprometimentos no lado esquerdo da ponte. As áreas diagnosticadas ficam nas vigas longitudinais de extremidade do tabuleiro ferroviário, nos pontos próximos aos apoios entre os pilares P9 e P10, entre os pilares P10 e P11, entre os pilares P11 e P12, entre os pilares P12 e P13 e entre os pilares P13 e P14.

A declaração de situação de emergência não definiu medidas para interditar a Ponte de Igapó.

Em maio do ano passado, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA) constatou problemas estruturais na Ponte de Igapó. Foi realizada uma vistoria e se identificou a corrosão das vigas de sustentação da estrutura, com ferrugem acentuada nas partes metálicas.

Em fevereiro deste ano, o DNIT afirmou que, apesar dos 29 anos sem qualquer manutenção, o equipamento não corre risco de ceder. O órgão inspecionou a ponte em dezembro de 2018 e informou que está realizando um estudo do orçamento necessário para a recuperação do equipamento. A previsão é de que o processo licitatório seja realizado ainda este mês.

Fonte:Agora RN

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