sábado, 5 de setembro de 2015

Justiça decreta prisão preventiva de suspeitos de desvios no Idema no RN


Idema foi alvo de operação do MP na quarta-feira
(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

A Justiça do Rio Grande do Norte decretou nesta sexta-feira (4) a prisão preventiva de dois suspeitos de integrar um esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 19 milhões doInstituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). O ex-diretor administrativo do órgão, Gutson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, e Renato Bezerra de Medeiros, que segundo o MP agia como laranja no esquema, foram presos na operação Candeeiro, deflagrada na quarta-feira (2) pelo Ministério Público Estadual.

Gutson Bezerra está preso no Quartel do Comando da Polícia Militar, no bairro Tirol, enquanto Renato Medeiros está preso no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal. O ex-diretor administrativo do Idema é filho de Rita das Mercês, ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa do RN. Rita foi presa no dia 20 de agosto na operação Dama de Espadas por suspeita de desvio de recursos públicos na AL. Ela foi solta três dias depois por força de um habeas corpus.

No total cinco pessoas foram presas. Nesta sexta, dois suspeitos foram soltos. O ex-diretor financeiro do Idema, Clebson José Bezerril, e o funcionário do setor de contabilidade, João Eduardo de Oliveira Soares, deixaram o CDP da Ribeira sem falar com a imprensa. De acordo com o MP, os alvarás de soltura foram concedidos aos dois por eles terem contribuído com as investigações. O quinto preso na operação é o empresário Antônio Tavares Neto, que se encontra custodiado no CDP da Ribeira.

O dinheiro supostamente desviado do Idema foi usado para comprar apartamentos de luxo, construir uma academia de alto padrão e reformar a loja de uma equipadora de veículos. Os destinos dos recursos foram identificados pelo Ministério Público do estado nos oito meses de investigações que culminaram na operação Candeeiro, deflagrada na quarta-feira em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró. De acordo com o promotor Paulo Batista de Lopes Neto, o esquema criminoso se utilizou de "ofícios fantasmas" para desviar R$ 19.321.726,13 do órgão entre 2013 e 2014. Os documentos eram emitidos pelo Idema ao Banco do Brasil solicitando transferências de recursos do órgão para pelo menos sete empresas. Nenhuma delas possuía vínculo com o instituto.

Fonte:G1/RN

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