Ônibus de turismo entra em Alcaçuz para buscar supostos líderes de motins (Foto: Felipe Gibson/G1)
Dezesseis presos apontados como suspeitos de comandar a onda de rebeliões que atingiu 14 das 33 unidades prisionais potiguares ao longo de oito dias foram transferidos na manhã deste sábado (21) para o Presídio Federal de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte.
Juiz Henrique Baltazar esteve em Alcaçuz neste
sábado (Foto: Felipe Gibson/G1)
"Os presos são apontados pelo Ministério Público Estadual como líderes dos motins. A transferência foi necessária para diminuir a interferência deles no sitema penitenciário estadual. Um local em que não tenham acesso celular e com segurança reforçada. É algo que ameniza a situação do sistema prisional, mas não é suficiente", diz o juiz. Em entrevista aoG1, Henrique Baltazar afirmou que o interior das cadeias "é controlado pelos presos".
O magistrado acrescenta que a permanência dos presos em Mossoró é temporária. "Vão ficar na penitenciária até que sejam definidos os presídios para onde serão levados em outras partes do país", ressalta.
As rebeliões, que ocorreram entre 11 e 18 de março, geraram uma crise que levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania, Zaidem Heronildes da Silva Filho. No mesmo período, ônibus foram incendiados nas ruas. A suspeita é de que a ordem tenha partido de dentro dos presídios. Aulas foram suspensas e a Força Nacional foi enviada ao estado para apoiar a segurança.
O governo decretou situação de calamidade no sistema prisional.
Os presos que foram transferidos neste sábado estavam nas penintenciárias de Alcaçuz e no presídio Rogério Coutinho Madruga, ambos em Nísia Floresta, e também no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Nova Cruz. Eles foram transportados em um ônibus de turismo sob escolta policial.
O ônibus saiu da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, por volta das 10h. A operação recebeu apoio da Força Nacional, Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Operações Especiais do Sistema Penitenciário (GOE).
Fonte:G1/RN
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