domingo, 26 de outubro de 2014

Youssef está lúcido e recebe visita das filhas, diz hospital


Crime perfeito: em depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público, o doleiro Alberto Youssef relatou que as “doações legais” das empreiteiras foram a fórmula criada para esconder a propina (BG PRESS/VEJA)

O Hospital Santa Cruz, em Curitiba, onde está internado Alberto Youssef, divulgou neste domingo boletim médico acerca do estado de saúde do doleiro. Os médicos informam que o quadro de Youssef é estável. O delator do petrolão foi reavaliado pelo corpo clínico do hospital nesta manhã, depois de passar a noite internado em uma UTI cardíaca. Segundo a nota, o doleiro apresenta um "quadro de desidratação, sem sinais de intoxicação por qualquer substância".

Ele foi internado no sábado, por volta das 16 horas, depois de desmaiar na carceragem da Polícia Federal, onde está preso desde março. Youssef é cardiopata e está é a terceira vez que precisa ser internado desde a prisão. Fontes do hospital ouvidas pelo site de VEJA garantem que o doleiro está lúcido, se comunicando com a equipe médica e recebendo a visita das filhas. Ele deve permanecer internado, em observação, pelo menos até a tarde de segunda-feira.

Em comunicado, a assessoria de imprensa da Polícia Federal desmentiu os rumores de que o delator do petrolão tenha sido envenenado por organofosfato na prisão. "São infundadas as informações de um possível envenenamento. Alberto Youssef permanecerá hospitalizado para a adequação da medicação e retornará à carceragem após o seu pleno restabelecimento", afirmou a corporação.

De acordo com a PF, ele teve uma indisposição entre 13 horas e 14 horas e foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou até o hospital, devidamente escoltado por policiais. Réu da Operação Lava jato, o doleiro está preso desde março na carceragem da PF, na capital paranaense. Reportagem de capa de VEJA desta semana revelou que Youssef afirmou em depoimento à Polícia Federal que a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor no cargo, Luiz Inácio Lula da Silva, sabiam do esquema de desvios operado na Petrobras.

Fonte:Veja

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