Fenômeno será registrado na madrugada de segunda-feira (21) e observado em toda a América. Como em todo eclipse lunar total, satélite irá adquirir uma tonalidade avermelhada, a chamada 'lua de sangue'.
Eclipse lunar total registrado em julho de 2018 — Foto: Bay Iismoyo/AFP Photo
Na madrugada da próxima segunda-feira (21), o Brasil poderá ver um eclipse lunar total – quando Sol, Terra e Lua se alinham e nosso planeta faz sombra sobre o satélite. O fenômeno será parecido com o que vimos em julho de 2018, mas poderá ser observado por mais tempo em todas as cidades do país.
O eclipse começa à 00h36 (21h36 de Nova York). O fase da umbra – quando a sombra do Sol começa a ser observada na Lua tem início à 01h33 (22h33 de Nova York). Às 03h12, o satélite estará na fase total máxima. A fase parcial segue até às 04h50 (01h50 de Nova York) e tudo termina às 5h48.
Diferente de um eclipse solar total – quando o que é "escondido" é o Sol – a observação da versão lunar não exige um óculos de proteção. A visão da Lua é a olho nu. Um binóculo ou uma luneta simples podem ajudar. É mais fácil de assistir em áreas menos iluminadas – campos e praias – e com o horizonte livre.
"Quando o eclipse começar, a Lua vai estar alta. Mas quando a fase total começar, ela já vai estar no lado oeste do céu, e é pra lá que as pessoas precisam olhar", disse Josina Nascimento, pesquisadora do Observatório Nacional.
Eclipse lunar total do dia 21 de janeiro — Foto: Alexandre Mauro e Karina Almeira/G1
Mais próxima
A Lua também estará próxima de seu perigeu – ponto de sua órbita mais perto da Terra. Por isso, ela parecerá maior para quem a observa da perspectiva do nosso planeta. Quando isso acontece, o fenômeno é chamado de "superlua".
"O perigeu será no dia 21, às 18h, horário de Brasília. E a gente considera superlua quando esse perigeu acontece no mesmo dia, no dia anterior, ou até no dia seguinte da lua cheia", explicou Josina.
Lua de sangue
Em todo eclipse lunar total se observa a chamada "lua de sangue" – termo usado popularmente, mas não adotado tecnicamente pelos astrônomos, e que se refere ao tom avermelhado que a Lua assume quando entra na fase máxima de sombreamento. Essa mudança de cor é provocada pelos mesmos fatores que fazem o céu ser azul.
Lua de Sangue durante eclipse vista sobre o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro — Foto: Carl de Souza/AFP
Nesta segunda, a Lua deverá assumir essa tonalidade na fase total do eclipse. Sol, Terra e Lua ficarão alinhados, e nosso planeta bloqueará a passagem dos raios solares até o satélite. A forma como a luz de cores vermelho e laranja é "desviada" ao passar pela atmosfera da Terra e reflete na Lua, criando o tom da "lua de sangue".
O fenômento da Lua de Sangue — Foto: Alexandre Mauro/G1
Próximo eclipse lunar total
O mundo verá o próximo eclipse total da lua só em 2021 – com possibilidade de observação parcial no Brasil. Outros fenômenos parciais acontecem antes. No Brasil, um eclipse total plenamente visível ocorrerá apenas em 16 de maio de 2022.
Em compensação, teremos um eclipse solar total "aqui do lado" no dia 2 de julho: a Lua passará entre o Sol e a Terra, "tampando" sua luz. O Sol ficará escuro por alguns minutos, os animais se escondem, um fenômeno bastante raro. Ele poderá ser observado em uma faixa que vai do Chile até a Argentina.
"Eclipse solar é mais interessante, porque ele só acontece em uma faixa muito pequena na Terra. É diferente da Lua: quem está vendo a Lua no horário, está vendo o eclipse", disse Josina. "Ele é muito mais raro. Poucas pessoas já viram um eclipse total do Sol uma vez, e pouquíssimas viram duas vezes na vida. Isso porque ele não vai passar duas vezes no mesmo lugar tão cedo".
Fonte:G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário