Apesar do efetivo pequeno – dez homens no total –, a equipe coordenada pelo tenente Styvenson Valentim se dividirá em duas, uma para atuar em Natal e outra nos acessos às cidades que costumam receber grandes multidões nos dias de folia de Momo – Caicó, Macau, Apodi e Mossoró.
Styvenson: “O que mais preocupa não é a estrutura reduzida, mas a falta de educação dos motoristas”
Ontem pela manhã, enquanto falava à TRIBUNA DO NORTE, Styvenson ainda dependia de informações em relação à estrutura que contará para por em prática a estratégia traçada para o carnaval. Faltava saber como seriam a alimentação, estadia, transporte, entre outras pendências básicas que o tenente falou que resolveria ainda na terça-feira, mais tarde.
Porém, o que mais preocupa Styvenson Valentim não é essa estrutura, o tamanho de sua equipe ou, tampouco, a pequena quantidade de etilômetros disponíveis (dos 150 equipamentos para teste de bafômetro do Comando de Trânsito da Polícia Militar, apenas 22 estão funcionando).
“O mais difícil é a questão cultural. Antes de uma ação punitiva, deveria ter sido feito um trabalho educativo, de conscientização em relação às leis de trânsito. Como as pessoas no interior têm hábitos diferentes e, além disso, não estão acostumadas com uma fiscalização rigorosa, é difícil que elas aceitem e entendam, o que vai exigir muita paciência dos policiais”.
Styvenson vai comandar a parte da equipe que atuará no interior e que terá como pontos estratégicos as cidades de Caicó, Macau, Apodi e e Mossoró, onde pretende chegar dias antes do início do carnaval, para poder orientar os policiais locais. A parte da equipe que ficará em Natal, sob responsabilidade de outro tenente, atuará na Redinha e Pirangi, entre outros lugares de grande fluxo de carros nesse período.
Para Styvenson, o trabalho na capital será menos complicado, uma vez que a população já está acostumada com a fiscalização. “O que acontece hoje está totalmente dentro do que a gente planejou. A maioria das pessoas entende e aceita nosso trabalho”.
O tenente informou que das cinco viaturas usadas na Operação Lei Seca, três estão funcionando e duas têm problemas, mas podem estar prontas ainda para o carnaval. Dos 150 etilômetros, somente 22 serão utilizados, uma vez que o restante, descalibrado e sem aferição, não funciona. “Isso não é um problema. Os que temos são mais que suficiente para a quantidade de homens que estarão trabalhando”, minimizou.
Além dos aparelhos para teste de bafômetro, as equipes do Comando de Trânsito da Polícia Militar coordenadas por Styvenson estarão equipadas com rádios, sprays de pimenta e taser (arma de choque não letal) – materiais novos que chegaram há pouco tempo.
Homens da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal, do Detran e da PM vão dar apoio ao trabalho de fiscalização. O detalhamento da operação de segurança no carnaval e o efetivo total serão divulgados na próxima sexta-feira, em coletiva de imprensa.
Fonte:Tribuna do Norte
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