Alexandre Cunha Lima é um dos promotores que
abriu os inquéritos (Foto: Leonardo Melo)
Instaurados em julho para investigar a formação de esquemas de pirâmides financeiras, os inquéritos do Ministério Público do Rio Grande do Norte foram encaminhados aos órgãos ministeriais das cidades onde ficam sediadas as empresas de maketing multinível investigadas. Dos seis inquéritos abertos contra Telexfree, NNEX, BBom, Multiclick, Cidiz e Priples, quatro já foram remetidos às promotorias dos municípios de origem das empresas.
Ao G1, o promotor de Defesa do Consumidor Alexandre Matos Pessoa da Cunha Lima explica que a decisão foi tomada após encontro realizado em Brasília, onde estiveram reunidas promotorias de Defesa do Consumidor de todo o país, Polícia Federal, Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça e a Procuradoria da República. "A decisão foi tomada por uma questão de celeridade e objetividade nas investigações", afirma.
No Rio Grande do Norte, os processos abertos contra as empresas Telexfree, NNEX, BBom e Multiclick já foram encaminhados para Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, respectivamente. No caso da Cidiz, o promotor Alexandre Matos conta que ainda fará uma análise para saber se já existe algum procedimento aberto em Recife, onde fica a sede da empresa.
O único inquérito que tem permanência confirmada no RN é o da Priples. No estado de origem, Pernambuco, existe apenas uma investigação criminal da Polícia Civil sobre a empresa. Portanto, o inquérito civil instaurado permanece no RN.
Todas as empresas foram ouvidas pelo G1 na época da abertura dos inquéritos. Elas negaram as acusações e afirmaram legalidade nos negócios. Em julho deste ano, juízes do Acre e de Goiás, bloquearam as contas da Telexfree e da BBom. As determinações valem para todo o país e impedem que as duas empresas paguem divulgadores ou aceitem novos cadastros.
Fonte:G1/RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário